domingo, 26 de maio de 2013

Bonde Turístico de Santos, uma ótima maneira de conhecer a História da Cidade!

Fotos By Mônica Blandy
Muita gente não sabe, mas Santos foi a primeira cidade do país a contar com um serviço de bonde como transporte público. Inaugurado em 9 de outubro de 1871, a primeira linha ia do centro da cidade até a barra do Boqueirão (onde hoje se localiza o bairro de mesmo nome) e era puxada por burros. Exatamente um ano antes de o primeiro bonde começar a circular em São Paulo.

O serviço, incorporado em 1904 pela mesma empresa que gerenciava a distribuição de luz e gás em Santos - The City of Santos Improvements Company- foi aprimorado em 28 de abril de 1909, com a inauguração da primeira linha de bonde movido a eletricidade, que recebeu o n.o 02 e ligava o centro da cidade à São Vicente pela orla da praia, passando pela Vila Mathias e Avenida Ana Costa.

Por conta da 1a Guerra Mundial, que dificultou a importação de bondes, a partir de 1919, Santos chegou a produzir seus próprios veículos em uma garagem localizada na Vila Mathias, contudo, a dificuldade de manutenção, as facilidades do transporte a Diesel, o baixo custo do petróleo, a pressão exercida pelas empresas de ônibus que foram surgindo ao longo da história e, por fim, a construção das rodovias BR-101 e dos Imigrantes, acabaram por tornar o bonde  um transporte obsoleto, embora charmoso. Por conta disso, o serviço foi encerrado e em 28 de fevereiro de 1971, o último carro - prefixo, 258 e servindo a linha 42 - foi recolhido definitivamente à garagem.


Na década de 80 foi feita uma tentativa de implementar uma linha turística de bondes na orla da praia, mas sem sucesso. O fato da via ser estreita (apenas duas faixas), somado ao grande trânsito de carros e ônibus na via da praia acabaram por transformar o bonde em um verdadeiro estorvo ao tráfego na avenida da praia, inviabilizando a idéia. Foi em 2000, contudo, que a Prefeitura Municipal parece ter conseguido encontrar o casamento perfeito entre o passado e o presente, instalando em 23 de setembro daquele ano a primeira linha turística no centro da cidade. Como a região é coalhada de prédios históricos - alguns com mais de 200 anos - a circulação de um bonde funciona quase como um complemento ao cenário, de forma que mesmo os mais apressados ficam de certa forma constrangidos em reclamar do passo "devagar e sempre" do veículo sobre trilhos.


Hoje o bonde turístico de Santos conta com um  trajeto de 5 km, cujo passeio - totalmente monitorado por guias - dura cerca de 30 minutos. São seis bondes, entre abertos e fechados, que proporcionam um maravilhoso passeio pelo centro histórico de Santos. Um detalhe interessante é que, em alguns pontos do passeio, o turista pode descer, visitar o local apontado - como o panteão dos Andradas ou o Palácio da Sabesp ou a antiga estação de trem da cidade, que conta com um delicioso restaurante-escola - e subir no próximo bonde que passar pelo local.

 




Destaque importante também para o programa Vovô Sabe Tudo, que agrega à atração 56 idosos que efetivamente trabalharam na linha regular de bondes da cidade e que atuam como contadores de histórias e monitores turísticos, recebendo salário da Prefeitura pelo serviço. Para o turista, é uma oportunidade de ouvir deliciosas histórias de um tempo que não volta mais. Para os idosos, trata-se de uma brilhante idéia de inclusão social da terceira idade - sem apelar para o assistencialismo - que rendeu ao município um certificado de premiação, expedido pelo Ministério da Cultura, relativo ao concurso Inclusão Cultural da Pessoa Idosa, realizado em 2007. 

Foto com uma figura muito marcante da paisagem santista: o Vovô Sabe Tudo!
No geral, é um passeio simplesmente delicioso, capaz de agradar aos adultos, divertir as crianças e trazer deliciosas lembranças ao vovô e à vovó.


Funciona de terça a domingo, das 11h às 17h. Partida da Praça Mauá, no Centro Histórico . 
A passagem custa R$ 6,00 com gratuidade para: menores de 5 anos; guias de turismo, desde que estejam a trabalho acompanhando grupos; viagens agendadas por grupos de entidades filantrópicas e de escolas públicas do ensino fundamental de Santos; grupos de centros de convivência da Seas (Secretaria de Assistência Social de Santos) e grupos de treinamento e reciclagem profissional promovidos pela Setur (Secretaria de Turismo de Santos). Maiores de 60 anos, estudantes (com documento de identificação escolar) e grupos de entidades assistenciais (devidamente certificadas) têm 50% de desconto na tarifa.

Agendamento para grupos pelo Tel. (13) 3201-8000

segunda-feira, 6 de maio de 2013

MUSEU DO CAFÉ DE SANTOS - LEMBRANÇAS DA BELLE ÉPOQUE

Fotos By Mônica Blandy
Especiaria muito apreciada na Europa, o café começou a ser cultivado na região do Pará a partir do século XVII, em decorrência das tentativas dos franceses de expandir - a partir da Guiana Francesa - suas colônias na América do Sul. Embora as plantações verificassem, desde o início, uma gradativa expansão ao sul do país, foi no século XIX que o cultivo firmou raízes nas províncias de São Paulo e Rio de Janeiro.

Devido à grande demanda européia, o café acabou por ocupar o lugar que anteriormente fora da Cana de Açúcar como principal fonte de riqueza do país, sendo fator decisivo para melhorar as condições econômicas do Brasil, com a introdução de diversas melhorias de infra-estrutura, da qual a ferrovia desponta como a mais importante. No Estado de São Paulo, foi responsável pelo surgimento da chamada belle époque.

Como o Porto de Santos era o principal meio de escoamento da produção cafeeira do país, em 1922 foi inaugurada na cidade, a Bolsa Oficial de Café, que tinha a função de centralizar, organizar e controlar todas as operações do mercado cafeeiro no país.


Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2009, o Palácio da Bolsa Oficial do Café foi transformado em um museu, onde se pode praticamente "sentir na pele" toda a opulência e glamour de um época em que o Brasil chegou a figurar como uma das maiores potências econômicas do mundo. Cúpulas de cobre, imponentes esculturas, vitrais, mosaicos de mármore, robustas colunatas de granito são expressões de riqueza e prosperidade do ciclo cafeeiro no país e, ao mesmo tempo, representam a materialidade do desejo de seus idealizadores de converter o edifício da Bolsa no "Palácio do Porto de Santos".


O ingresso às dependências do museu custa bem barato - R$ 5,00 com meia entrada para crianças e idosos - e permite, além da visita ao salão principal onde ocorriam os pregões, com seu belíssimo mobiliário em madeira de lei, checar as exposições do andar superior (mezanino) que, além de contarem a história do cultivo do café no Brasil, ilustrada com fotos históricas do final do século XIX e início do século XX, equipamentos e ferramentas utilizadas na época, buscam mostrar de forma lúdica às crianças o funcionamento de uma fazenda de café, com suas várias etapas desde o plantio até a torrefação.

Destaque interessante do passeio, também, para a exposição que enumera algumas das fazendas de café mais tradicionais do país que ainda resistem ao tempo e que conta, inclusive, com uma cabine onde se pode conferir um vídeo produzido em uma delas nas primeiras décadas do século XX, mostrando crianças brincando e colonos trabalhando. Uma verdadeira viagem ao passado. 


  

  




Jogo da fazenda - A fazenda de café é composta por diferentes espaços de trabalho, cada um com determinada função. Encontre os locais e seus respectivos processos de cultivo do café no mapa da fazenda.
Monte a estrutura da planta do café!
Após realizar o passeio, o visitante pode relaxar na Cafeteria do Museu, que oferece um ambiente agradável e aconchegante, além de um café delicioso. Não pense, no entanto, que o local oferece apenas o simples e tradicional “expresso”.São diversas opções de bebidas quentes e geladas, drinks e doces a base de café, sanduíches e salgados, além de cafés de variadas regiões produtoras, que podem ser saboreados  na hora ou levados para casa. 

O Museu do Café de Santos é, enfim, outra dica de passeio rápido e agradável pra quem quer conhecer uma época em que o Brasil figurava como potência comercial e refletia essa posição na opulência de seus projetos arquitetônicos.


Museu do Café
Rua XV de Novembro nº 95,
Centro - CEP: 11.010-151
Santos / SP
Telefone: + 13 3213-1750

Horários:
Terça a Sábado - das 09h às 17h

Domingo - das 10h às 17h

Preços

Os ingressos para visitação no Museu do Café custam R$6,00.
Estudantes e terceira idade pagam meia-entrada. Funcionários da rede pública do Estado de São Paulo são isentos.
Aos sábados, a visitação é gratuita.
Saiba mais sobre isenção e pagamento de meia-entrada em nossas Normas de Visitação.


Cafeteria do Museu
Segunda a Sábado - das 09h às 18h

Domingo - das 10h às 18h



quarta-feira, 10 de abril de 2013

Guadiões do Mar em Santos


O porto de Santos abriga o Comando do 8o Distrito Naval da Marinha de Guerra Brasileira. Embora conte com uma pequena guarnição, responsável pela fiscalização do tráfego naval da região, periodicamente recebe alguns vasos da Marinha de Guerra Brasileira (para quem não sabe, "vaso" é o nome técnico que se utiliza para descrever navios militares), oportunidade em que o Comando costuma abrir suas portas à visitação dos equipamentos ancorados no local. 

Em novembro de 2012, estavam disponíveis o submarino Tikuna, o NPaOc (Navio de Patrulha Oceânica) Amazonas e o Veleiro Cisne Branco.

O Submarino Tikuna é a última e mais moderna aquisição da Marinha de Guerra Brasileira, tendo sido incorporado à armada em 2006. Embora o projeto em si seja antiquado - foi baseado no modelo alemão IKL 209, que deu origem à antiga classe Tupi de submarinos brasileiros - a ele foram incorporadas diversas inovações tecnológicas de ponta que acabaram por fazer com que ele seja o primeiro de uma nova classe: A classe Tikuna. 
Na data em que estivemos no 8o Distrito Naval, o Tikuna estava disponível apenas para visitação externa, mas isso não é regra. Em algumas oportunidades, é permitido visitar seu interior.



O NVe (Navio Escola) Cisne Branco é um veleiro que exerce funções diplomáticas e de Relações Públicas da Marinha de Guerra Brasileira, participando de eventos náuticos nacionais e internacionais. Também é utilizado como navio escola, prestando-se ao adestramento dos alunos da Escola de Oficiais na vida no mar, em seu último ano de curso.

Incorporada em 04 de fevereiro de 2.000, a embarcação foi encomendada pela Marinha brasileira em comemoração aos 500 anos do descobrimento do Brasil, sendo inspirado nos veleiros da classe clipper do final do século XIX. É permitido ir a bordo e percorrer todos os seus 76 metros de comprimento. A criançada costuma gostar bastante porque, segundo a Júlia, ele lembra muito o navio do Capitão Gancho. Aos adultos, chama a atenção a conservação, limpeza e uma interessante mescla entre passado e futuro já que, embora seja inspirado em um veleiro mercante do século XIX, o Cisne Branco incorpora todos os aparatos tecnológicos necessários para a garantia de uma navegação que preserve a segurança dos marinheiros e a integridade do equipamento.






O Amazonas é o primeiro de uma nova classe de navios destinados à patrulha do oceano territorial brasileiro e resulta de um convênio firmado entre a Marinha de Guerra do Brasil e do Reino Unido, onde ele foi construído e entregue em junho de 2012.

Os Navios de Patrulha Oceânica conferem ao País uma maior capacidade de atuação marítima. Munidos de um canhão de 30 mm e de duas metralhadoras de 25 mm, assim como de um barco inflável rígido e de um convés para pouso e decolagem de helicópteros de porte médio, os navios são ideais para garantir a segurança marítima das águas territoriais do Brasil, inclusive a proteção das reservas de petróleo e gás do País. Também pode ser aplicado em operações de resgate no mar e humanitárias.


O visitante tem a possibilidade de tocar o armamento que guarnece a embarcação e chegar bem próximo da ponte de comando, onde se pode admirar toda a tecnologia que envolve a condução do navio.





A visitação aos navios ancorados no 8o Distrito Naval é o típico passeio descompromissado. Como pontos positivos, podemos destacar o fato de a visita ser gratuita e a imensa prestatividade e gentileza dos militares, que recebem os visitante de forma simpática, gentil e educada.

Por outro lado, em época de alta temporada (de novembro a março, mais ou menos) é necessária alguma paciência pelo grande número de turistas que acorrem ao local quando há visitação. Como não há uma divisão de horários entre as visitas - basta chegar e entrar - é inevitável algum acúmulo de pessoas nas embarcações, o que pode ocasionar algumas filas. O contratempo, entretanto, acaba sendo anulado pela simpatia dos militares que, fazemos questão de frisar, surpreende positivamente.

Ao que sabemos, não há um calendário específico para a ancoragem dos navios da marinha no 8o Distrito Naval, porém, estaremos atentos e informaremos no blog sempre que eles estiverem na região.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Orquidário de Santos

Foto By Mônica Blandy
Em uma cidade de praia, o Orquidário de Santos é o programa perfeito para aquele dia nublado em que a praia não é uma opção mas, Faustão na TV é a receita perfeita para depressão dos adultos e stress dos pequenos.

Trata-se de entretenimento garantido para quem gosta de observar a natureza. Em seus 24 mil m², o visitante pode admirar diversas espécies de árvores nativas da mata atlântica além de cerca de 400 animais, alguns dos quais, como os pavões, cotias, saracuras e jabutis, passeiam livres entre os visitantes. Araras, tucanos, macacos, flamingos e jacarés são mantidos em áreas cercadas.
Foto By Mônica Blandy
O orquidário de Santos também conta com jardim sensorial, herbário, uma área com plantas do Brasil e um mostruário de orquídeas, além de espécies exóticas de aves, como o papagaio-do-mangue e o atobá.

Após longos e inexplicáveis três anos fechado para reformas, o Orquidário de Santos recebeu um belo "upgrade". Os animais ganharam espaços mais amplos e com habitats bem mais naturais, adequando o local às mais recentes prescrições do Ibama.  Além disso, construíram-se, além de  um novo anfiteatro,  três  edifícios: o de Zoologia, com centro de atendimento e sala de cirurgia para os animais; o de Botânica (com laboratório de reprodução de orquídeas) e um Administrativo, com auditório.

Foto By Mônica Blandy

Para as crianças maiores de três anos também foram criado novos espaços, como a brinquedoteca, a biblioteca e um novo playground que conta, inclusive, com um divertido "labirinto" para a criançada se esbaldar no esconde-esconde, além de diferentes trilhas pelo local que tem o objetivo de incentivar o respeito à natureza.




Foto By Mônica Blandy

Foto By Mônica Blandy

Foto By Mônica Blandy

Foto By Mônica Blandy

Serviço:
Aberto de terça a domingo, das 9h às 18h. Entrada: R$ 5 (por R$ 8 é possível comprar uma entrada combinada para o Orquidário e o Aquário de Santos). Crianças com até 12 anos e maiores de 60 anos não pagam. Praça Washington, s/nº – José Menino.Tel: (13) 3237-6970

quarta-feira, 20 de março de 2013

Museu da Pesca

Foto By Mônica Blandy

O Museu de Pesca de Santos encontra-se instalado em um prédio que, no século 18, abrigava o Forte Augusto: uma instalação militar projetada pela Marinha de Guerra brasileira para proteger a baía de Santos, fazendo fogo cruzado com a Fortaleza da Barra, localizada do outro lado da baia, na Ilha de Santo Amaro (onde se localiza o município de Guarujá).

Em 1894 o forte foi completamente destruído, por conta de um ataque efetuado pelos rebeldes que intentaram a Revolta da Armada. Reconstruído em 1908 para abrigar a Escola de Marinheiros, acabou sendo cedido pela Marinha do Brasil em 1931 para a instalação da Escola de Pesca - uma tentativa do Governo Federal de profissionalizar a pesca na região.

Mais tarde, o prédio acabou por abrigar o Instituto de Pesca, ligado ao Governo do Estado de São Paulo, responsável pela pesquisa e estudo da vida marinha. Atualmente, o local abriga o Museu da Pesca, abrigando atrações e curiosidades capazes de entreter adultos e crianças - destaque para a grande ossada de baleia Fin, medindo 23 metros de comprimento.

Foto By Mônica Blandy
Foto By Mônica Blandy
O museu é dividido em diversas seções, onde se pode apreciar miniaturas de naus, caravelas e navios mais recentes, diversas espécies de tubarões, moluscos - há, inclusive, uma réplica de uma lula gigante com cerca de 10 metros de comprimento - aves e mamíferos marinhos, além da "Sala do Barco" onde os visitantes podem ter noções básicas de navegação e a "Cabine do Capitão", que simula a cabine do comandante de um navio antigo.

Foto By Mônica Blandy
 O Museu da Pesca é uma opção barata de passeio que certamente é capaz de entreter adultos e também os pequenos, que passarão um bom tempo contando para todo mundo a respeito da baleia e dos tubarões e como é legal a sala do pirata (ao menos a Jú passou um bom tempo lembrando disso).


Foto By Mônica Blandy
Foto By Mônica Blandy



Foto By Mônica Blandy



Localização:
Av. Bartolomeu de Gusmão, 192 - Ponta da Praia
tel: (13) 3261-5260
E-mail: museu@pesca.sp.gov.br                         
Página oficial: www.pesca.sp.gov.br/museu.php

Horário
Aberto de quarta a domingo, das 10h às 18h.

Ingressos: O ingresso custa R$ 2,00. Estudante paga meia entrada. Crianças até 6 anos e maiores de 60 anos tem entrada franca.

terça-feira, 12 de março de 2013

A mais bela vista da Orla de Santos/São Vicente


Foto By: Mônica Blandy

Certa vez, em um post no Facebook ou em outro blog que tínhamos, cometemos o pecado de mencionar o morro do Voturuá como uma "atração de Santos". Foi o bastante para alguns irados moradores de São Vicente nos escreverem informando, indignados, que o local pertence ao Município de São Vicente. Para quem não sabe, Santos e São Vicente são municípios vizinhos geminados, isto é, para quem vem pela orla da praia, Santos acaba e São Vicente inicia após um semáforo. Só isso.

Para não ofender suscetibilidades, portanto, iniciamos este post informando que o morro do Voturuá, também conhecido como "Morro da Asa Delta" é parte do município de São Vicente. Regionalismos a parte, trata-se de um local que possibilita uma das melhores vistas da enseada santista/vicentina, visto atingir uma altura de 180 metros do nível do mar.
Foto By: Mônica Blandy

O local é utilizado como base de lançamento para praticantes de asa delta e paraglider, sendo possível aos visitantes mais corajosos, experimentarem a sensação de voar como pássaros acompanhados de um instrutor - preço sob consultam - por vinte minutos planando como um pássaro.

Para os menos corajosos, além da vista incomparável, o local disponibiliza o restaurante Ao Mirante, com cerveja gelada, porções e pratos bem servidos a um preço justo e atendimento atencioso.

O acesso ao morro pode ser feito "com emoção", pelo teleférico instalado na Praia do Itararé, a um custo de 20 reais por pessoa ida e volta (crianças até 8 anos acompanhadas de um adulto não pagam). O passeio dura cerca de 10 minutos para ir e outros 10 minutos para voltar.

Foto By: Mônica Blandy
Para quem não está disposto a gastar, há a possibilidade de subir o morro de carro. O acesso para quem vem pela orla da praia, sentido a São Vicente, se dá pela Rua Santos Dumont, localizada quase em frente ao marco da divisa entre Santos e São Vicente.

Seja para quem busca uma experiência radical, seja para quem quer relaxar e apreciar  uma vista maravilhosa da orla da praia, o morro do Voturuá é uma opção de passeio agradável para quem visita as cidades irmãs de Santos e São Vicente.










Restaurante Ao Mirante: www.restauranteaomirante.com.br

domingo, 3 de março de 2013

MONTE SERRAT - Uma Viagem ao Passado

Monte Serrat - Santos/SP - Fotos By Mônica Blandy

Monte Serrat - Santos/SP - Fotos By Mônica Blandy

Nos idos de 1614,  os holandeses invadiram a Ilha de São Vicente e a população das vilas de Santos e São Vicente refugiaram-se no Monte Serrat, rezando e pedindo proteção à Virgem. 

Quando os invasores aproximaram-se do alto do morro, uma avalanche de pedras matou muitos deles e colocou os demais em fuga, salvando a população local. Nasceu então, a tradição, segundo a qual, Nossa Senhora do Monte Serrat operara seu primeiro grande milagre e, desde essa época, a população à considera padroeira de Santos, título que foi oficializado pela Câmara Municipal de Santos em 1954.

A Santa é também protetora dos navegantes e a ela se atribui outro grande milagre: livrou o barco nacional Araguary de naufrágio certo, em 1926. Quando os tripulantes já não conseguiam controlar a situação, resolveram ajoelhar-se em um dos conveses, rezar e evocar a Virgem, prometendo celebração de missa em ação de graças se o vapor conseguisse aportar em Santos. No instante seguinte a tempestade cessou e o mar entrou em calmaria.

Tradições e lendas religiosas afora, a visita ao Monte Serrat é uma viagem ao passado. A começar pelo acesso - efetuado por um trajeto de cerca de 4 minutos por um bondinho funicular - passando pela arquitetura do antigo cassino, erguido no topo do monte em 1927 e que funcionou até 1946, quando o jogo foi proibido no País.

Para a criançada, o passeio de bondinho é uma atração a parte. No topo, entretanto, há um grande "pátio", onde elas podem correr a vontade, sem qualquer risco.
Para os adultos, além da vista maravilhosa - o mirante do antigo cassino encontra-se a 147 metros do nível do mar - e da sensação de "glamour" presente mesmo após mais de 60 anos de encerramento das atividades do cassino, há a possibilidade de visitação á capela de Nossa Senhora do Monte Serrat, construída na primeira década de 1600.

Aos apreciadores de um bom café, experimentem o Café Cassino Monte Serrat, que foi inaugurado em 2006, aproveitando um balcão original dos tempos do cassino. Ele possui uma arquitetura diferente - a neoclássica. No local, também pode-se apreciar  uma exposição com fotografias do local tiradas sua época áurea de 1927 a 1956.

Para quem busca um passeio rápido e agradável, visitar o Monte Serrat é uma ótima opção. É possível experimentar, em cerca de 40 minutos, uma autêntica viagem no tempo. 

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: De segunda a domingo das 8h às 20h, com partidas a cada 30 minutos. Sábados, domingos e feriados, com partidas a cada 20 minutos. 

Passagem ida/volta: R$ 35,00. Meia passagem ida/volta para maiores de 65 anos. Crianças menores de 8 anos não pagam, desde que acompanhadas de um adulto pagante. Grupos (à partir de 10 pessoas) têm direito à desconto especial quando agendados com antecedência pelo e-mail agendamento@monteserrat.com.br 

Monte Serrat: Praça Correia de Mello, 33 - Centro - Santos/SP
Telefone: (13) 3221-5665.
http://www.monteserrat.com.br/