segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A Lenda do Galo de Barcelos




A curiosa lenda do galo está associada ao cruzeiro medieval que faz parte do espólio do Museu Arqueológico da cidade. 

Segundo esta lenda, os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, com o facto de não se ter descoberto o criminoso que o cometera. Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém acreditou. nele. Ninguém acreditava que o galego se dirigisse a S. Tiago de Compostela, em cumprimento de uma promessa, sem que fosse fervoroso devoto do santo que, em Compostela, se venerava, nem de S. Paulo e de Nossa Senhora. Por isso, foi condenado à forca. 

Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado que, nesse momento, se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa, exclamando: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem”. Risos e comentários não se fizeram esperar mas, pelo sim pelo não, ninguém tocou no galo. 

O que parecia impossível tornou-se, porém, realidade! Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações de inocência do condenado. O juiz correu à forca e viu, com espanto, o pobre homem de corda ao pescoço. Todavia, o nó lasso impedia o estrangulamento. Imediatamente solto foi mandado em paz e seguiu seu caminho para cumprir a promessa. Anos depois, voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em louvor a S. Tiago e à Virgem.


domingo, 28 de janeiro de 2018

Barcelos - PT



Atravessando a antiga ponte sobre o Rio Cávado, entramos numa das localidades mais emblemáticas da arte popular minhota, Barcelos.

É uma cidade antiga, situada num local com vestígios arqueológicos desde a Pré-História, mas foi no séc. XII que sua história começou, primeiro quando D. Afonso Henriques lhe concedeu foral e a tornou vila e depois quando D. Dinis, em 1298, quis compensar o seu mordomo-mor João Afonso e o tornou conde, doando-lhe a povoação em título.

Em 1385, o Condestável Nuno Álvares Pereira tornou-se o 7º Conde de Barcelos. Entregaria a vila como dote no casamento da filha D. Beatriz com D. Afonso, bastardo do rei D. João I. Começou então uma época de grande desenvolvimento e dinâmica para Barcelos, revelado com a construção da ponte, a muralha (de que resta a Torre da Porta Nova), do Paço dos Duques e da Igreja Matriz. São estes monumentos que constituem hoje o centro histórico da cidade que mantém um agradável ambiente medieval pontuado por solares e casas históricas como o Solar dos Pinheiros ou a Casa do Condestável.

Um passeio a Barcelos não pode dispensar o antigo Largo da Feira, hoje Campo da República, onde se encontram as setecentistas Igrejas do Bom Jesus da Cruz, e da Nossa Senhora do Terço e onde se realiza a maior feira de artesanato do país, todas as quintas-feiras. Se perder a feira semanal, visite o Museu da Olaria e o Centro de Artesanato de Barcelos, onde tem uma boa perspectiva sobre a expressão artística minhota. De todas as peças aqui produzidas, o colorido Galo de Barcelos é o mais representativo, não esquecendo as bandas de música e as figuras retratando hábitos e costumes da região. 
Igreja do Bom Jesus da Cruz

 
A Torre Medieval está localizada no centro da cidade de Barcelos e fez parte de um conjunto composto pela antiga Muralha da cidade. Deste conjunto apenas nos resta esta torre, a antiga muralha foi, infelizmente, demolida ao longo dos séculos, graças à evolução da malha urbana.

Não se sabe ao certo a data da sua construção, mas deverá ter sido, talvez, pelo século XV. Foi torre de vigia e posteriormente cadeia, função que ocupou entre o século XVII e meado do século XX.
A Torre Medieval encontra-se em muito bom estado de conservação e está hoje ocupada pelo Centro de Interpretação da Cidade e do Galo. 


Sem necessidade de marcação, é possível visitar a loja de artesanato que existe logo à entrada.
A Torre está aberta ao publico de segunda a sexta das 10h às 18h.
Aos sábados,domingos e feriados, das: 10h às 13h e das 14:30h às 17:30h.
Encerra nos dias 24 e 25 de Dezembro. 1 de Janeiro. Sexta-feira santa e dia de Páscoa.
Torre Medieval







Sobre a lenda do Galo de Barcelos, contaremos no próximo post!

 

Prefeitura de Barcelos
O edifício da Câmara Municipal de Barcelos (Câmara Municipal) está localizado no Largo do Município, em frente à Igreja Matriz e o Monumento a Antônio Barroso. É um edifício bonito e imponente de dois andares. Sua fachada principal é constituída por uma galeria de arcadas no piso térreo e janelas multi-painéis na parte superior. Fique altura e escalar as torres, onde escudos individuais e relógios da cidade, que são cobertos com pináculos forja estão localizados. Na verdade, o prédio que vemos hoje é o resultado da união de vários realizada no ano de 1849: O antigo Hospital do Espírito Santo sobre a Capela de Santa Maria do século XVI, a torre e a Casa da Câmara XV, a ex-XVII Misericórdia e o Palácio Conselho XIX.

Dentro do prédio, além de serem os escritórios municipais, várias exposições temporárias, a entrada é gratuita.


Museu Arqueológico
O Museu Arqueológico de Barcelos é um museu ao ar livre, localizado no interior do Palácio dos Condes de Barcelos. É um museu histórico, que apresenta igrejas e conventos faltando elementos arquitetônicos, heráldicas pedras antigas casas nobres, sarcófagos medievais, etc. A peça mais importante é o cruzeiro do senhor do galo, do século XIV. Objetos são organizados no chão (difícil de acreditar, mas é assim), então acho que em poucos anos lá é nada para se fazer um briefing sobre a história da cidade.
A visita é gratuita, e o recinto está aberto diariamente no verão das 9 às 19h e no inverno

9-17.30 h.





Cruzeiro do Senhor do Galo

 O Cruzeiro do Senhor do Gallo é a mais importante peça em exposição no Museu Arqueológico de Barcelos. É um cruzeiro românico do século XIV que inicialmente estava em Barcelinhos (um dos distritos de Barcelos, localizado do outro lado do rio). É feita de pedra e está totalmente gravada com baixos-relevos que contam a lenda do Galo de Barcelos, o símbolo da cidade. Se encontra no recinto do Palácio dos Condes de Barcelos.










Pelourinho de Barcelos

Teatro Gil Vicente

Restaurante Porta Nova
Jardim Barroco
Monumento ao Bombeiro Voluntário




domingo, 21 de janeiro de 2018

Santuário do Sameiro - Braga / PT




O monumental Santuário do Sameiro, de estilo neoclássico, teve origem quando, em 1863, o padre Martinho da Silva teve a iniciativa de “lançar” a primeira pedra no cimo do monte para a construção de um pedestal para colocar uma estátua de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, por quem tinha grande devoção.

Contudo, à medida que a afluência de peregrinos ia aumentando, tornou-se necessária a construção de algo mais expressivo do que o pedestal existente. Assim, em 1870, ergueu-se uma capela no local com 30 metros de comprimento e 18 de largura. Porém, rapidamente essa capela se revelou desajustada para a grande quantidade de pessoas que a visitavam e, por essa razão, em 1890, iniciou-se a construção da atual Basílica.

As obras demoraram vários anos e só terminaram em 1953. Não obstante, nos anos 70, houve a necessidade de aumentar o espaço, construindo-se uma Cripta no subsolo.

 
No Inverno é aqui que registam as temperaturas mais baixas da cidade e o local onde os mas curiosos vem sempre que há previsão de neve na cidade.








Em frente à Cripta, estende-se um imponente escadório, com 265 degraus, que termina na estrada que nos conduz ao Bom Jesus e fornece uma das melhores vistas sobre a cidade. 

Com 572 metros, o monte do Sameiro é o ponto mais alto da cidade. O panorama é deslumbrante, especialmente em horas de pôr do sol. A sua vista permite o vislumbre das Serras do Gerês, da Cabreira, da Penha e da Franqueira. Em dias com maior visibilidade é possível até ver o mar, desde Leixões à foz do Lima.











SAMEIRO
Av. Nossa Sra. do Sameiro 44
4715-616 Espinho, Braga

Site: https://santuariodosameiro.pt/
Santuário
Inverno: Segunda a sábado 07H30-17H30 / Domingos 06H30-17H30
Verão: Segunda a sábado 07H30-19H00 / Domingos 06H30-19H00
Serviços da Confraria
Segunda a sexta 09H30-12H30 / 14H30-18H30
Sábados e domingos 09H30-12H30 / 14H30-17H30