segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Outono em Braga - PT


Eis que chegou o Outono. Com suas lindas paisagens, árvores e folhas em cores que vão do verde para tons maravilhosos de vermelho, laranja e amarelo. Nas vinhas as folhas das videiras também mudam de cor e começam a rarear. 

Nessa época geralmente começam as chuvas e o céu cobre-se de nuvens, por vezes de tonalidades de grande beleza. Os dias ainda são relativamente longos, mas a temperatura começa a dar uma trégua. Ou seja, você ainda consegue pegar dias quentes mas, conforme o mês vai passando as noites vão ficando mais frescas. Aparecem os frutos desta estação, como o dióspiro (caqui), as uvas, tangerinas, pêras e maças, a romã, o marmelo, do qual se faz a marmelada, e também os frutos secos, como as nozes ou as avelãs. O outono é o tempo das castanhas, do vinho novo e das azeitonas novas.


Castanhas - O cheiro das castanhas assadas nas ruas é irresistível.  Em Portugal, a chegada definitiva do tempo frio é comemorado a 11 de Novembro, dia de São Martinho, em que, por todo o país, por tradição, se comem castanhas assadas e se bebe vinho novo e água-pé (bebida tradicional portuguesa confeccionada para consumo nas festividades tradicionais do período de Outono e Inverno). 


Romãs - As romãs são outro ícone desta estação. Corte a fruta ao meio, retire os pedacinhos e delicie-se.



Uvas - O outono lembra a arte das vindimas (colheita das uvas para a produção de vinho) e não há melhor época para as comer que esta. As uvas saltam das videiras para a mesa, mas também para o copo, através do vinho. 



Caminhar pelos parques no outono é perfeito para meditar, para refletir, para apreciar os raios de sol sobre as folha e curtir a família. 




E vocês? O que mais gostam do outono?

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Quinta do Cerqueiral - A alma do vinho

Os gregos diziam que Baco teria escondido na uva o segredo da alma humana e o vinho seria a chave para acessá-lo.

No ultimo dia 23 de setembro, tivemos o privilégio de acompanhar a vindima, que é a tradicional colheita das uvas para a fabricação do vinho, na Quinta do Cerqueiral - uma das mais tradicionais produtoras do também tradicional vinho verde da região do Minho, em Portugal. Concluímos que os gregos estavam certos.

Se realmente a chave para a alma humana está contida no vinho, a alegria dos portugueses em geral e em especial o povo da região entre os rios Douro e Minho, se traduz no vinho verde: Uma bebida produzida nessa região que, ao contrário do sisudo vinho maduro Português e europeu em geral, transpira alegria, jovialidade e bem-viver: Exactamente o espírito que observamos na malta que se dedica à coleta da uva e fabricação da bebida.

A Quinta do Cerqueiral se localiza na vila de Arco de Valdevez, no Distrito de Viana do Castelo, distante cerca de 40 quilómetros de Braga, onde residimos. As terras, que têm sido transferidas de pai para filho há séculos e dedicava-se à tradicional agricultura poli-cultural minhota, passou à produção exclusiva do vinho verde a partir de 1996. 

Chegamos ao local por volta das 9 da manhã. Recebemos luvas, tesouras e partimos diretamente para o campo onde se encontram as parreiras, para a colheita das uvas verdes utilizadas para a fabricação do vinho branco. Embora o calor estivesse forte, a actividade em si acabou por se revelar uma verdadeira terapia: O bate-papo divertido entre todos, as gozações de um para o outro, os "causos" contados e as "beliscadas" de uma uva solitária e deliciosamente doce em meio aos cachos não nos deixaram ver o tempo passar. 

Por volta das onze horas, nos foi servido o pequeno almoço, com sandes, refrigerante, água, vinho e cerveja que comemos e bebemos sentados ao pé das parreiras entre conversas, brincadeiras e fotografias. Terminado o lanche, de volta ao trabalho.

Por volta das 13 horas é servido o almoço - cozido a portuguesa regado à mais vinho verde (branco e tinto), água, refrigerante e cerveja - embalado por um animado grupo de música tradicional portuguesa. 

Após servido café, passamos à colheita da uva vermelha, utilizada para a fabricação do "Vinhão" que, nada mais é, do que o vinho verde tinto. O mesmo ambiente animado, agora se fez acompanhar por tradicionais canções do campo, entoada pelas senhoras dedicadas à colheita. Inesquecível.

Não somos grandes entendedores de vinho. Entendemos de gente. O vinho verde que é produzido na Quinta do Cerqueiral é o reflexo mais pronto e acabado da alegria e leveza com que a gente minhota leva sua vida.

Abaixo o vídeo que fizemos da experiência.



terça-feira, 17 de julho de 2018

Mosteiro de Tibães - Braga - PT



Fundado em finais do século X, inícios do XI, foi reconstruído no último terço do século XI, transformando-se, com o apoio real e a concessão de Cartas de Couto, num dos mais ricos e poderosos mosteiros do norte de Portugal.

Com o Movimento da Reforma e o fim da crise religiosa dos séculos XIV a XVI, o Mosteiro de S. Martinho de Tibães assiste à fundação da Congregação de S. Bento de Portugal e do Brasil, torna-se Casa Mãe de todos os mosteiros beneditinos e centro difusor de culturas e estéticas.

A importância do Mosteiro de Tibães mede-se, também, pelo papel que desempenhou como autêntico "estaleiro-escola" de um conjunto de arquitectos, mestres pedreiros e carpinteiros, entalhadores, douradores, enxambradores, imaginários e escultores, cuja produção activa em todo o Noroeste peninsular ficou ligada ao melhor do que se fez na arte portuguesa dos séculos XVII e XVIII. E é no desempenho deste papel que o velho mosteiro românico vai ser sacrificado.Vastas campanhas de reconstrução e ampliação, de decoração e redecoração, que decorreram nos séculos XVII e XVIII e lhe deixaram marcas estilísticas que vão do maneirismo tardio ao rocaille, vão transformá-lo numa bela peça arquitectónica de grandes dimensões e num dos maiores e mais importantes conjuntos monásticos beneditinos portugueses, peça chave na rede monástica da Ordem de S. Bento do Noroeste peninsular.

Com a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1833-1834, é encerrado e os seus bens, móveis e imóveis, começados a vender em hasta pública, processo que só terminará em 1864 com a compra do próprio edifício conventual. Desafecto das suas funções iniciais, com excepção das litúrgicas, parcialmente cumpridas pelo templo, desde logo entregue à Igreja e a funcionar como Paróquia, o Mosteiro de S. Martinho de Tibães virá a assistir, sobretudo a partir dos anos setenta do nosso século, à delapidação dos seus bens, à ruína, ao abandono.

Adquirido pelo Estado Português em 1986, logo se iniciou um projecto de recuperação que, através das obras "de salvação" prioritárias e de intervenções provisórias no Edifício e na Cerca, deu os seus frutos permitindo oferecê-lo à fruição pública, dinamizá-lo culturalmente e conceber a sua reutilização.Aos Domingos de manhã a entrada é gratuita

O Mosteiro de São Martinho de Tibães situa-se na freguesia de Mire de Tibães, no concelho e distrito de Braga. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1944, estando afeto à Direção Regional de Cultura do Norte. 
Em finais do século XI, foi fundado o Mosteiro de São Martinho de Tibães, de observância beneditina, no qual os monges seguiam as regras – silêncio, obediência, pobreza, oração e trabalho – prescritas por São Bento de Núrsia. 
Em 1110, os condes D. Henrique e D. Teresa, pais de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, doaram a Tibães as terras adjacentes ao Mosteiro e outorgam-lhe a Carta de Couto.
O Mosteiro cresceu em privilégios e poder até ao século XIV sendo, após o Concílio de Trento, em 1567, escolhido para Casa-mãe da Congregação de São Bento dos Reinos de Portugal, com 22 mosteiros em Portugal e 13 no Brasil. Atingiu o seu máximo esplendor nos séculos XVII e XVIII, após ter sido transformado num dos maiores conjuntos monásticos do Portugal barroco e num importante centro produtor e difusor de culturas e estéticas, lugar de exceção do pensamento e arte portuguesas.
O Mosteiro é constituído pela igreja, alas conventuais e espaço exterior - a cerca. O edifício que hoje existe foi construído ao longo dos séculos XVII, XVIII e XIX. Com uma arquitetura funcional, apresentava nesse tempo uma clara separação entre as áreas de oração, trabalho, lazer, comunicação com o exterior, zonas ocupadas pela comunidade residente e outras, reservadas para o uso como Casa-mãe da Congregação.
Em 1833/ 34, com a extinção das Ordens Religiosas, o Mosteiro foi encerrado, os seus bens inventariados e postos à venda, exceto a igreja, o passal e uma zona conventual que, continuando propriedade do Estado Português, ficaram em uso paroquial.
Em 1986, o Estado Português, perante a degradação e delapidação deste património nas décadas anteriores, adquire-o, iniciando a sua recuperação com estudos, registos e limpezas que viabilizaram os projetos de restauro que se seguiram. 
Mantendo os usos associados à Paróquia de Mire de Tibães, duas novas valências foram implementadas: a cultural, associada ao conceito internacional de Museu Monumento e Jardim Histórico, que permite percorrer, ver e sentir os espaços e os seus tempos; e a de acolhimento, onde a intervenção de recuperação do séc. XXI, adaptou a parte do edifício mais arruinada às necessidades duma comunidade religiosa da Família Missionária Donum Dei, com as valências de hospedaria e do restaurante L’Eau Vive. 
- See more at: http://culturanorte.pt/pt/patrimonio/mosteiro-de-sao-martinho-de-tibaes/#sthash.RLa13KpP.dpuf



























Contactos

Morada:
Rua do Mosteiro, nº 59
4700-565 Mire de Tibães  (Braga)
Telefone:
+351 253 622 670 / 253 623 950
Fax:
+351 253 623 951

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Museu dos Biscaínhos - Braga - PT





O Palácio dos Biscaínhos foi fundado no século XVII e definido arquitetonicamente na primeira metade do século XVIII. Durante cerca de três séculos foi habitação de uma família nobre (condes de Bertiandos), transformando-se em Museu público a 11 de fevereiro de 1978. Em 1949 o edifício e os seus jardins foram classificados como Imóvel de Interesse Público. O jardim do museu é um dos mais significativos do período Barroco em Portugal.

A exposição permanente do Museu dos Biscaínhos permite o conhecimento contextualizado de coleções de artes decorativas (mobiliário, ourivesaria, cerâmica, vidros, têxteis, etc.), instrumentos musicais, meios de transporte, gravura, escultura/talha, azulejaria e pintura, da época compreendida entre o século XVII e o primeiro quartel do século XIX. 

 
 


Horário:
Terça-feira a domingo das 09h30 às 12h45 e das 14h00 às 17h30
Encerrado ao público à segunda-feira e nos feriados de 1 de Janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de Dezembro

Ingresso

Bilhete Normal 2 €

Isenções:

Domingos e feriados até às 14.00h para todos os cidadãos residentes em território nacional, não inibindo a possibilidade da adoção de um Bilhete Especial ('Bilhete Doação'), para os casos em que os visitantes queiram fazer uma doação de qualquer valor.

Descontos:

Com mais de 65 anos – 1 €
Portadora deficiência - 1 €
Jovens (15- 25 anos)
Reformados – 1 €

Endereço:
Rua dos Biscainhos - 4700-415 Braga
 
Tel:
+351 253 204 650
 
E-mail: mbiscainhos@culturanorte.pt
 
Site:  http://museus.bragadigital.pt/Biscainhos/
 
 
 


 
 

sábado, 5 de maio de 2018

10 Curiosidades sobre Portugal by Euro Dicas



10) Tamanho do país
Portugal é um país pequeno tanto em tamanho, quanto em população. É possível cruzar Portugal em apenas um dia. São apenas 721 km de estradas de uma ponta a outra. Além disso, o país possui fronteira apenas com a Espanha e tem uma população de pouco mais de 10 milhões de pessoas (20 vezes menor que o Brasil). 

9) Geografia e clima
Além do seu território chamado de Portugal continental, o país possui as ilhas dos Açores e da Madeira. Na sua área continental são 1.230 km de costa e belas praias.
No sul do país estão localizadas as praias com mais balneabilidade, já no norte as praias são bastante ventosas e com águas mais geladas. Além do litoral e de planícies, Portugal conta com regiões montanhosas e diversos locais com neve no inverno, como a Serra da Estrela.   

8) Idade para dirigir
Em Portugal é permitido dirigir a partir dos 16 anos de idade (carros com menos de mil cilindradas ou motociclos de 125 cm3), diferente do Brasil onde a carteira de motorista só pode ser feita aos 18 anos. 

7) Aborto
Desde 2007 o aborto é legalizado em Portugal. A mulher que queira interromper a gravidez poderá fazê-la até a 10ª semana de gestação. A interrupção da gravidez é feita no hospital público (Sistema Nacional de Saúde), totalmente de graça. 

Além do aborto até as dez semanas por qualquer motivo, é possível interromper a gravidez até às dezesseis semanas em caso de crime sexual, até as vinte quatro semanas em caso de malformação do feto e em qualquer momento da gestação em caso de risco para a grávida. 

6) Valor das creches e serviços
O preço das creches e de diversos serviços depende de quanto a família ganha. Não há um valor fixo como no Brasil.

Quem ganha mais, paga um valor maior, quem possui uma renda mais baixa, paga menos.
A mensalidade da creche é calculada de acordo com o escalão de Imposto de Renda em que a família está. Quem ganha mais, paga um valor maior, quem possui uma renda mais baixa, paga menos.

5) Política
Diferente do Brasil onde o sistema é presidencialista, em Portugal o sistema político é o Parlamentarismo. Há um presidente da república e um primeiro-ministro que possuem papéis diferentes na gestão do país. 

4) Café
A paixão pelo café chega a ser mais forte e intensa que no Brasil. Outra das curiosidades sobre Portugal é que, até mesmo em barzinhos e baladas, as pessoas tomam café. A paixão passa de geração para geração e, até mesmo os mais jovens, saem para tomar um cafézinho após o jantar.  

3) Saúde pública
A Saúde pública em Portugal não é de graça, para todos os serviços são cobradas taxas moderadoras para seus usuários. O governo paga a maior parte e os pacientes arcam com taxas para consultas, urgências, exames e cirurgias. 

Porém, outra das curiosidades sobre Portugal é que crianças, grávidas e pacientes com algumas doenças crônicas listadas ficam isentos do pagamento da taxa.

2) Educação em Portugal
Depois do Tratado de Bolonha, a maioria dos cursos de graduação têm duração de três anos (com exceção dos cursos de saúde, como Medicina, por exemplo). Além disso, é possível fazer Mestrados Integrados e sair Mestre após cinco anos de estudo. 

1) Caixas eletrônicos
Você já deve ter ouvido falar que Portugal é um país seguro e que a Justiça é eficiente, não é mesmo? Por causa da segurança, os caixas eletrônicos por exemplo ficam na rua. Não é necessário entrar no banco em Portugal para sacar dinheiro. 

Além disso, outra curiosidade sobre Portugal é que você faz levantamentos de dinheiro no caixa eletrônico e não saques. Em Portugal, saque significa roubo. 

Fonte: Euro Dicas / Amanda Corrêa
Link:  https://www.eurodicas.com.br/curiosidades-sobre-portugal/
               

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Torre de Menagem em Braga - PT

A Torre de Menagem é quase só o que resta do antigo castelo da cidade. Localizada no ponto mais elevado do planalto em que assentava burgo medieval, estava integrada numa fortificação reforçada com cinco torreões.


É ali, no núcleo do antigo castelo de Braga e baluarte mais evidente da nossa história comum, que surge um núcleo interpretativo da história de Braga, devotado ao público escolar mas alargado à compreensão de todos os bracarenses. Intitulada “Era uma vez uma cidade” esta exposição propõe uma versão ilustrada da história, protagonistas e evolução urbana de Braga, através do talento esclarecido do bracarense César Figueiredo. Mais de oitenta ilustrações, distribuídas ao longo de quatro pisos, permitem um inédito percurso pelos dois mil anos de história da cidade de Braga. De acesso livre gratuito, este projeto será o ponto de partida para um itinerário por todos os monumentos e núcleos museológicos bracarenses.


  

A referência mais antiga à existência do castelo de Braga recua ao ano de 1315, embora a atual construção tenha sido ordenada em 1375. Os mestres de pedraria responsáveis também estão identificados: João Mouro, Pero Senascais e João Pedreiro.

Após a invasão de D. Henrique II de Castela ocorrida em 1369, o rei D. Fernando viu-se obrigado a reforçar a defesa de Braga, dando ordem para que se construísse uma poderosa fortificação.

Com a sucessiva perda de utilidade militar do castelo e das muralhas, este espaço viu ser-lhe acoplado um alpendre e uma alfândega no decorrer do século XVI e, ainda, sofreu a integração de um edifício para servir de prisão da cidade em 1716.

A destruição da vizinha porta do Souto em 1853, localizada no largo do Barão de S. Martinho, haveria de antecipar o inevitável destino do castelo de Braga. O seu processo de demolição, concretizado entre novembro de 1905 e maio de 1906, não foi pacífico, mas contou com o apoio maioritário da população. Uma das exceções foi Manuel Monteiro (1879 - 1952), que classificou esse ato como uma "selvageria sem nome".

A Torre de Menagem é o testemunho mais evidente do antigo castelo bracarense, embora subsistam vestígios consideráveis da muralha nascente integrados no quarteirão da Arcada Coroada de ameias e com matacães nas extremidades, esta edificação militar é uma das mais imponentes do território português, tendo sido classificada como Monumento Nacional  em 24 de Junho de 1910.





Cruz de bronze espalmada, com as extremidades em flor-de-liz e com Cristo crucificado!


Maqueta de Braga no final do século XVI
Marcas de pedreira presentes nas estruturas preservadas do Castelo de Braga


Túmulo de São Martinho Dumiense
Túmulo de São Martinho Dumiense



Vista da Torre

Vista da Torre



Os horários de abertura ao público funcionarão de Terça a Domingo, entre as 10h00 e às 12h30 e das 14h00 às 17h00. 

A marcação de visitas guiadas deverá ser efectuada através do email cultura@cm-braga.pt.