quarta-feira, 10 de abril de 2013

Guadiões do Mar em Santos


O porto de Santos abriga o Comando do 8o Distrito Naval da Marinha de Guerra Brasileira. Embora conte com uma pequena guarnição, responsável pela fiscalização do tráfego naval da região, periodicamente recebe alguns vasos da Marinha de Guerra Brasileira (para quem não sabe, "vaso" é o nome técnico que se utiliza para descrever navios militares), oportunidade em que o Comando costuma abrir suas portas à visitação dos equipamentos ancorados no local. 

Em novembro de 2012, estavam disponíveis o submarino Tikuna, o NPaOc (Navio de Patrulha Oceânica) Amazonas e o Veleiro Cisne Branco.

O Submarino Tikuna é a última e mais moderna aquisição da Marinha de Guerra Brasileira, tendo sido incorporado à armada em 2006. Embora o projeto em si seja antiquado - foi baseado no modelo alemão IKL 209, que deu origem à antiga classe Tupi de submarinos brasileiros - a ele foram incorporadas diversas inovações tecnológicas de ponta que acabaram por fazer com que ele seja o primeiro de uma nova classe: A classe Tikuna. 
Na data em que estivemos no 8o Distrito Naval, o Tikuna estava disponível apenas para visitação externa, mas isso não é regra. Em algumas oportunidades, é permitido visitar seu interior.



O NVe (Navio Escola) Cisne Branco é um veleiro que exerce funções diplomáticas e de Relações Públicas da Marinha de Guerra Brasileira, participando de eventos náuticos nacionais e internacionais. Também é utilizado como navio escola, prestando-se ao adestramento dos alunos da Escola de Oficiais na vida no mar, em seu último ano de curso.

Incorporada em 04 de fevereiro de 2.000, a embarcação foi encomendada pela Marinha brasileira em comemoração aos 500 anos do descobrimento do Brasil, sendo inspirado nos veleiros da classe clipper do final do século XIX. É permitido ir a bordo e percorrer todos os seus 76 metros de comprimento. A criançada costuma gostar bastante porque, segundo a Júlia, ele lembra muito o navio do Capitão Gancho. Aos adultos, chama a atenção a conservação, limpeza e uma interessante mescla entre passado e futuro já que, embora seja inspirado em um veleiro mercante do século XIX, o Cisne Branco incorpora todos os aparatos tecnológicos necessários para a garantia de uma navegação que preserve a segurança dos marinheiros e a integridade do equipamento.






O Amazonas é o primeiro de uma nova classe de navios destinados à patrulha do oceano territorial brasileiro e resulta de um convênio firmado entre a Marinha de Guerra do Brasil e do Reino Unido, onde ele foi construído e entregue em junho de 2012.

Os Navios de Patrulha Oceânica conferem ao País uma maior capacidade de atuação marítima. Munidos de um canhão de 30 mm e de duas metralhadoras de 25 mm, assim como de um barco inflável rígido e de um convés para pouso e decolagem de helicópteros de porte médio, os navios são ideais para garantir a segurança marítima das águas territoriais do Brasil, inclusive a proteção das reservas de petróleo e gás do País. Também pode ser aplicado em operações de resgate no mar e humanitárias.


O visitante tem a possibilidade de tocar o armamento que guarnece a embarcação e chegar bem próximo da ponte de comando, onde se pode admirar toda a tecnologia que envolve a condução do navio.





A visitação aos navios ancorados no 8o Distrito Naval é o típico passeio descompromissado. Como pontos positivos, podemos destacar o fato de a visita ser gratuita e a imensa prestatividade e gentileza dos militares, que recebem os visitante de forma simpática, gentil e educada.

Por outro lado, em época de alta temporada (de novembro a março, mais ou menos) é necessária alguma paciência pelo grande número de turistas que acorrem ao local quando há visitação. Como não há uma divisão de horários entre as visitas - basta chegar e entrar - é inevitável algum acúmulo de pessoas nas embarcações, o que pode ocasionar algumas filas. O contratempo, entretanto, acaba sendo anulado pela simpatia dos militares que, fazemos questão de frisar, surpreende positivamente.

Ao que sabemos, não há um calendário específico para a ancoragem dos navios da marinha no 8o Distrito Naval, porém, estaremos atentos e informaremos no blog sempre que eles estiverem na região.

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