terça-feira, 17 de julho de 2018

Mosteiro de Tibães - Braga - PT



Fundado em finais do século X, inícios do XI, foi reconstruído no último terço do século XI, transformando-se, com o apoio real e a concessão de Cartas de Couto, num dos mais ricos e poderosos mosteiros do norte de Portugal.

Com o Movimento da Reforma e o fim da crise religiosa dos séculos XIV a XVI, o Mosteiro de S. Martinho de Tibães assiste à fundação da Congregação de S. Bento de Portugal e do Brasil, torna-se Casa Mãe de todos os mosteiros beneditinos e centro difusor de culturas e estéticas.

A importância do Mosteiro de Tibães mede-se, também, pelo papel que desempenhou como autêntico "estaleiro-escola" de um conjunto de arquitectos, mestres pedreiros e carpinteiros, entalhadores, douradores, enxambradores, imaginários e escultores, cuja produção activa em todo o Noroeste peninsular ficou ligada ao melhor do que se fez na arte portuguesa dos séculos XVII e XVIII. E é no desempenho deste papel que o velho mosteiro românico vai ser sacrificado.Vastas campanhas de reconstrução e ampliação, de decoração e redecoração, que decorreram nos séculos XVII e XVIII e lhe deixaram marcas estilísticas que vão do maneirismo tardio ao rocaille, vão transformá-lo numa bela peça arquitectónica de grandes dimensões e num dos maiores e mais importantes conjuntos monásticos beneditinos portugueses, peça chave na rede monástica da Ordem de S. Bento do Noroeste peninsular.

Com a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1833-1834, é encerrado e os seus bens, móveis e imóveis, começados a vender em hasta pública, processo que só terminará em 1864 com a compra do próprio edifício conventual. Desafecto das suas funções iniciais, com excepção das litúrgicas, parcialmente cumpridas pelo templo, desde logo entregue à Igreja e a funcionar como Paróquia, o Mosteiro de S. Martinho de Tibães virá a assistir, sobretudo a partir dos anos setenta do nosso século, à delapidação dos seus bens, à ruína, ao abandono.

Adquirido pelo Estado Português em 1986, logo se iniciou um projecto de recuperação que, através das obras "de salvação" prioritárias e de intervenções provisórias no Edifício e na Cerca, deu os seus frutos permitindo oferecê-lo à fruição pública, dinamizá-lo culturalmente e conceber a sua reutilização.Aos Domingos de manhã a entrada é gratuita

O Mosteiro de São Martinho de Tibães situa-se na freguesia de Mire de Tibães, no concelho e distrito de Braga. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1944, estando afeto à Direção Regional de Cultura do Norte. 
Em finais do século XI, foi fundado o Mosteiro de São Martinho de Tibães, de observância beneditina, no qual os monges seguiam as regras – silêncio, obediência, pobreza, oração e trabalho – prescritas por São Bento de Núrsia. 
Em 1110, os condes D. Henrique e D. Teresa, pais de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, doaram a Tibães as terras adjacentes ao Mosteiro e outorgam-lhe a Carta de Couto.
O Mosteiro cresceu em privilégios e poder até ao século XIV sendo, após o Concílio de Trento, em 1567, escolhido para Casa-mãe da Congregação de São Bento dos Reinos de Portugal, com 22 mosteiros em Portugal e 13 no Brasil. Atingiu o seu máximo esplendor nos séculos XVII e XVIII, após ter sido transformado num dos maiores conjuntos monásticos do Portugal barroco e num importante centro produtor e difusor de culturas e estéticas, lugar de exceção do pensamento e arte portuguesas.
O Mosteiro é constituído pela igreja, alas conventuais e espaço exterior - a cerca. O edifício que hoje existe foi construído ao longo dos séculos XVII, XVIII e XIX. Com uma arquitetura funcional, apresentava nesse tempo uma clara separação entre as áreas de oração, trabalho, lazer, comunicação com o exterior, zonas ocupadas pela comunidade residente e outras, reservadas para o uso como Casa-mãe da Congregação.
Em 1833/ 34, com a extinção das Ordens Religiosas, o Mosteiro foi encerrado, os seus bens inventariados e postos à venda, exceto a igreja, o passal e uma zona conventual que, continuando propriedade do Estado Português, ficaram em uso paroquial.
Em 1986, o Estado Português, perante a degradação e delapidação deste património nas décadas anteriores, adquire-o, iniciando a sua recuperação com estudos, registos e limpezas que viabilizaram os projetos de restauro que se seguiram. 
Mantendo os usos associados à Paróquia de Mire de Tibães, duas novas valências foram implementadas: a cultural, associada ao conceito internacional de Museu Monumento e Jardim Histórico, que permite percorrer, ver e sentir os espaços e os seus tempos; e a de acolhimento, onde a intervenção de recuperação do séc. XXI, adaptou a parte do edifício mais arruinada às necessidades duma comunidade religiosa da Família Missionária Donum Dei, com as valências de hospedaria e do restaurante L’Eau Vive. 
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Contactos

Morada:
Rua do Mosteiro, nº 59
4700-565 Mire de Tibães  (Braga)
Telefone:
+351 253 622 670 / 253 623 950
Fax:
+351 253 623 951

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