segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Santiago - Vinícola Concha y Toro: Uma tarde de História e Vinho

As vinícolas são um dos pontos fortes do Chile. Existem várias e não é preciso ir longe para visitá-las, já que três delas estão nos arredores da cidade e podem ser visitadas em passeios de uma manhã ou uma tarde.

Nós escolhemos a Concha y Toro , uma das maiores e sem dúvida, mais famosas do Chile. Ao contrário do que faz a maioria das pessoas, fizemos este passeio utilizando o transporte público: primeiro metro, e depois uma rápida corrida de taxi. É uma opção muito mais interessante do que a aquisição de pacotes turísticos, pois além de sair muito mais barato, nos deu a oportunidade de vivenciar um pouco do dia-a-dia do nativo de Santiago e contemplar a beleza das cordilheiras cobertas de neve no topo, visíveis durante quase todo o trajeto de metrô. 

É fácil e rápido chegar até lá, basta pegar o metro linha Azul e ir até a estação Las Mercedes e, de lá, apanhar um táxi até a vinícola, o que qualquer taxista conhece.

Entrada da Vinícola Concha y Toro
Chegando lá é  só escolher o tipo de tour que se quer fazer e pronto. Eles oferecem visitas guiadas em dois idiomas: inglês ou espanhol. Escolhemos fazer a visita guiada em espanhol e foi bem tranquilo de entender. Existem três tipos de visitas guiadas que se diferem quanto à duração do passeio e a quantidade de vinhos degustados. Nós escolhemos a mais básica, que dura aproximadamente 1 hora percorrendo a vinícola e incluindo a degustação dois tipos de vinho. Saiba mais sobre os tipos de visitas guiadas no site, citado no fim deste post.


Esperando o tour começar!
Esperando o tour no Wine Bar
O passeio começa com a História da Concha Y Toro e uma visita pela propriedade. Depois conhecemos os vinhedos, onde podemos ver os diferentes tipos de uvas cultivadas ali. Conhecemos variados tipos de uvas: Cabernet Sauvignon, Gewürztraminer, Torontel, Pinot Gris, Carménère, Riesling, com explicações a respeito da região favorável para o seu cultivo, as condições climáticas, a época da colheita e etc. Na época em que visitamos a vinícola (Setembro/2012) as uvas ainda estavam nascendo.

A casa de Don Melchor
A casa de Don Melchor
Jardim em frete a casa!

Jardins ao redor da casa!

Jardins ao redor da casa!

Vinhedos

Vinhedos
Conhecendo os vinhedos!

Conhecendo os vinhedos!

Em seguida fomos visitar as instalações e a área de armazenamento dos barris e passamos para uma parte muito aguardada do passeio, que é a degustação dos vinhos, onde no final você ganha as taças de lembrança!


Degustação de vinho!
Enquanto isso Júlia se divertindo!

E pra variar, Júlia de cocó...rs!

Após degustar os excelentes vinhos e ter conhecido as instalações, fomos então a área onde ficam os barris do Casillero del Diablo. Diz a lenda que o Don Melchor começou a ver que alguns barris de vinho estavam sumindo de seu depósito. Para resolver o problema, aproveitou-se do fato de que a população local era muito supersticiosa e inventou que o local era amaldiçoado e que ali vivia “El Diablo“.

Desde então, diz a lenda que nenhum barril mais desapareceu. A área é bem escura e o guia ainda apaga as luzes para contar a lenda e criar suspense no cenário. A Júlia , na época com 3 anos, nem teve medo. Adorou tudo.

Mais sobre  Casillero del Diablo, história, lenda, noticia e etc.., você pode ver (aqui)

Adega do Casillero del Diablo
Adega do Casillero del Diablo
Adega do Casillero del Diablo
Contando a lenda do Casillero del Diablo
Adega do Casillero del Diablo
El Diablo

Depois de conhecermos a lenda, degustamos novamente um vinho tinto Casillero del Diablo. Finalizamos o passeio com uma visita a loja da Concha y Toro, onde se encontram várias opções de vinhos e souvenirs.







Próximo à loja está localizado o restaurante da vinícola (Wine Bar) que oferece ampla carta de vinhos que podem ser harmonizados com queijos, petiscos ou pratos da cozinha chilena.

Para fazer a visita é recomendado reservar com pelo menos 24 horas de antecedência. A reserva pode ser feita por telefone ou via formulário no site. Nós reservamos por telefone um dia antes.

Endereço:  Av. Virginia Subercaseaux 210, Pirque - Santiago
Telefones: (+562) 2476-5680 / 2476-5334 / 2476-5269 / 2476-5269
Horários das visitas guiadas: Todos os dias, das 10:00h às 17:10 h.
Reserva visita guiada no site ( aqui ). Crianças não pagam.




quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Parque Florestal em Santiago

Santiago é marcada por enormes parques e áreas verdes, em geral bem estruturados e de fácil acesso, que abrigam museus, monumentos, playgrounds, pistas para caminhada, etc. Em geral, são áreas muito limpas e bem cuidadas, com a grama aparada, calçamento caprichosamente preservado, onde não se vê lixo no chão.

Um desses parques que visitamos é o Parque Florestal, que fica bem no meio da cidade e  possui uma diversidade única. O parque é bem grande, já que se estende desde a estação do metrô Baquedano até o Mercado Central. De um lado dá para ver o magnífico morro San Cristobal, o bairro Bellavista e o recuperado Rio Mapocho. Do lado oposto a arquitetura é linda, principalmente no Bairro Lastarria, com suas antigas casas que lembram pequenos castelos.

O Florestal, na realidade, foi construído no espaço vazio que sobrou no que fora o canteiro de obras de canalização do rio Mapocho, em 1891. É um lugar agradável, com árvores altas e frondosas, cheio de banquinhos. Na extremidade próxima à Plaza Italia (ou Plaza Baquedano) fica a Fuente Alemana, uma escultura de pedra e bronze, presente da colônia alemã ao Chile no centenário da sua independência. Simboliza algumas virtudes do país sul-americano: riquezas minerais, seus trabalhadores e o mar.

Outro dado que achamos interessante, é que foi no Parque Nacional  que Pablo Neruda e Matilde Urrutia se conheceram. Como que homenageando o grande artista, é ali também que atualmente, aos domingos, se reúnem as diversas tribos urbanas de adolescentes – , roqueiros, beaties, grungies, rappers, hippies, etc.

O parque, considerado o mais tradicional da cidade, tem uma vida intensa e é frequentado por todos os tipos de pessoas que procuram o local para caminhar pedalar ou jogar conversa fora: estudantes, artistas, esportistas, casais de namorados, pais com crianças, etc. A segurança também é um ponto de destaque positivo: As rondas de Carabineiros (uma espécie de Polícia Militar do Chile)  é constantemente observada em toda a extensão do parque, e não vimos pedintes ou mendigos vagando em lugar nenhum.

O local também é adornado com lindas esculturas em toda a sua extensão. Aliás, em seu interior localizam-se, tanto o Museu Nacional de Belas Artes quanto o Museu de Arte Contemporânea, que não tivemos a oportunidade de visitar.

Os demais parques que adornam a cidades – não visitamos todos, porque realmente são muitos – seguem basicamente o mesmo padrão de conservação e segurança.

Cansou de caminhar e quer dar uma parada para descanso? Sem problemas. Entre um parque e outro sempre é possível encontrar playgrounds  limpos e conservados, onde as crianças podem se esbaldar enquanto os pais descansam as pernas. A Júlia adorava!





Fuente Alemana

domingo, 3 de agosto de 2014

Hostal Rio Amazonas, o charme de se hospedar em um castelo em Santiago

Impossível não cair de amores pelo Hostal Rio Amazonas, opção de hospedagem cheia de charme e encantos em Santiago do Chile. 

Instalado em um belo castelinho antigo ao estilo Tudor, que foi construído em 1929 para servir como residência principal do geógrafo e explorador chileno Luis Risopatron - autor do primeiro atlas da Patagônia chilena - a casa é hoje reconhecida como um edifício de conservação histórica e arquitetônica de Santiago.

Com uma excelente localização: há apenas uma quadra da Plaza Italia - considerada o novo centro de Santiago -  e da estação do metro Baquedano, o Hostel é cercado por parques, muitas lojas, bares, restaurantes e casas de câmbio. Para quem quer curtir o que a cidade oferece de melhor para o turista, também encontra-se à cinco minutos de Barrio Bellavista, dez de Cerro de San Cristobal , Barrio Lastarria, Providencia, Barrio Italia e Santa Lucia e apenas vinte minutos do centro da cidade e da Plaza de Armas .

São 25 quartos com banheiro privativo e aquecimento em todos os ambientes. Ficamos num quarto para três pessoas com uma cama de casal e uma cama individual, confortável, com TV, banheira,  telefone para chamadas nacionais e internacionais e sistema de aquecimento central. Como ficamos em uma suíte localizada no terceiro andar, é importante destacar o único "ponto negativo" (assim mesmo, bem entre aspas): O hotel não possui elevador. Não é nada que torne a estada um tormento, mas trata-se de um fato que precisa ser destacado. O esforço de subir três curtos lances de escada, entretanto, é recompensado pela vista dos quartos, que é muito agradável. No nosso caso, era possível admirar a belíssima casa onde encontra-se instalada a Embaixada da Argentina.

No geral, entretanto, o estabelecimento nos surpreendeu positivamente do início ao fim. Desde o atendimento atencioso feito pelos próprios donos, ao café da manhã caseiro com frutas, pão fresquinho, sucos, iogurte, compota caseira e chás maravilhosos, algo um pouco difícil de encontrar na categoria "hostel".

À noite quando chegávamos cansados de nossas andanças, encostávamos no pequeno bar, ao lado da recepção,  para tomar um vinho ou uma das diversas opções de cervejas artesanais comercializadas por eles.

Além  do estabelecimento disponibilizar Guias turísticos e boas revistas sobre as atrações do Chile, os próprios funcionários e proprietários do hostel se mostraram extremamente atenciosos, dando dicas de passeios, sugerindo que descartássemos alguns, etc.

No geral, portanto, tanto o ambiente, como a gentileza e a prestatividade da equipe, fazem com que o hospede sinta-se como se estivesse hospedado na casa de um parente e não em um hotel.  



Hostal Río Amazonas - Santiago de Chile, Plaza Italia
Av. Vicuña Mackena 47. Fono Fax ( + 56 2 ) 2635 1631
e-mail: reservas@hostalrioamazonas.cl


Vista da janela do quarto, Embaixada da Argentina!






quinta-feira, 31 de julho de 2014

Chile - Um pedacinho do primeiro mundo na América Latina.

Esta foi uma viagem muito especial para nós, por ser nossa primeira experiência fora do Brasil.  A Júlia, na época, tinha três anos e um dos nossos propósitos era justamente levá-la para conhecer a neve. O Chile, no entanto, se mostrou muito mais do que um local próximo ao Brasil para se conhecer a neve.  

Ficamos nove dias em Santiago, tempo mais do que suficiente para curtir as várias e diversificadas atrações culturais da cidade, que é linda e cativante. O povo é extremamente hospitaleiro, culto e adoram brasileiros. Não faltam opções de hospedagem e alimentação para todos os gostos e bolsos, mas, no geral, é um destino barato, que não assusta o turista com preços exorbitantes.

Passear em uma praça, depois das 22 horas - algo impensável na maioria das grandes metrópoles brasileiras - em Santiago, pode ser feito sem medo. A cidade é bastante segura, com "carabineiros" (a Polícia Militar de lá) em todos os lugares, de forma que, não raro, se observa  nas praças da cidade, altas horas da noite, casais de namorados, grupos de amigos conversando ou idosos passeando, cenas que, no Brasil, hoje, só conseguimos ver em novelas de época.

Neste e nos próximos posts começamos a contar um pouquinho a respeito de nossa viagem a Santiago do Chile, oferecendo ao leitor amigo, algumas dicas e curiosidades sobre esse destino encantador.

PLANEJAMENTO:
Aqui vai a primeira dica: Ao contrário do que faz a maioria das pessoas, descartamos de plano a aquisição de pacotes turísticos. Além de economizarmos cerca de 30% daquilo que gastaríamos contratando uma operadora, tivemos toda a liberdade para conhecermos os pontos mais interessantes e dispensando aquilo que entendemos que poderia ficar para uma segunda visita. Santiago ajuda, já que a cidade é muito bem servida de transporte público: Você pode ir a praticamente qualquer lugar de metrô que, embora antigo, é muito confortável e bem diferente das "latas de sardinha" que os paulistas e cariocas estão acostumados. Nos poucos locais não atendidos por esse meio de transporte, táxi é uma opção não tão custosa.

O VOO:
 
A viagem de avião dura cerca de três horas, saindo de São Paulo. Na ida, viajamos pela LAN e voltamos pela TAM que, na realidade, hoje constituem uma mesma empresa (LANTAM).

Dica para viagens longas com crianças pequenas: Procure um vôo que saia durante a noite, madrugada ou, no máximo, de manhã bem cedo. No nosso caso, decolamos às sete horas da manhã e a Julia acabou dormindo boa parte do trajeto. Quando acordou, já estávamos a cerca de meia hora da aterrissagem. 

Segunda dica: Procure levar em uma bolsa, kits infantis de pintura ou desenho, livrinhos ou gibis. Como é de se imaginar, os pequenos acordam com "as baterias carregadas" e se você não tiver algum tipo de distração que os mantenha sentados e entretidos, pode se pegar correndo atrás do seu pequeno nos corredores do avião.



Jú caiu no sono assim que entrou no avião!

Com o Kit de pintura!

Chegando em Santiago!
Cordilheira dos Andes!

Chegando!




domingo, 26 de maio de 2013

Bonde Turístico de Santos, uma ótima maneira de conhecer a História da Cidade!

Fotos By Mônica Blandy
Muita gente não sabe, mas Santos foi a primeira cidade do país a contar com um serviço de bonde como transporte público. Inaugurado em 9 de outubro de 1871, a primeira linha ia do centro da cidade até a barra do Boqueirão (onde hoje se localiza o bairro de mesmo nome) e era puxada por burros. Exatamente um ano antes de o primeiro bonde começar a circular em São Paulo.

O serviço, incorporado em 1904 pela mesma empresa que gerenciava a distribuição de luz e gás em Santos - The City of Santos Improvements Company- foi aprimorado em 28 de abril de 1909, com a inauguração da primeira linha de bonde movido a eletricidade, que recebeu o n.o 02 e ligava o centro da cidade à São Vicente pela orla da praia, passando pela Vila Mathias e Avenida Ana Costa.

Por conta da 1a Guerra Mundial, que dificultou a importação de bondes, a partir de 1919, Santos chegou a produzir seus próprios veículos em uma garagem localizada na Vila Mathias, contudo, a dificuldade de manutenção, as facilidades do transporte a Diesel, o baixo custo do petróleo, a pressão exercida pelas empresas de ônibus que foram surgindo ao longo da história e, por fim, a construção das rodovias BR-101 e dos Imigrantes, acabaram por tornar o bonde  um transporte obsoleto, embora charmoso. Por conta disso, o serviço foi encerrado e em 28 de fevereiro de 1971, o último carro - prefixo, 258 e servindo a linha 42 - foi recolhido definitivamente à garagem.


Na década de 80 foi feita uma tentativa de implementar uma linha turística de bondes na orla da praia, mas sem sucesso. O fato da via ser estreita (apenas duas faixas), somado ao grande trânsito de carros e ônibus na via da praia acabaram por transformar o bonde em um verdadeiro estorvo ao tráfego na avenida da praia, inviabilizando a idéia. Foi em 2000, contudo, que a Prefeitura Municipal parece ter conseguido encontrar o casamento perfeito entre o passado e o presente, instalando em 23 de setembro daquele ano a primeira linha turística no centro da cidade. Como a região é coalhada de prédios históricos - alguns com mais de 200 anos - a circulação de um bonde funciona quase como um complemento ao cenário, de forma que mesmo os mais apressados ficam de certa forma constrangidos em reclamar do passo "devagar e sempre" do veículo sobre trilhos.


Hoje o bonde turístico de Santos conta com um  trajeto de 5 km, cujo passeio - totalmente monitorado por guias - dura cerca de 30 minutos. São seis bondes, entre abertos e fechados, que proporcionam um maravilhoso passeio pelo centro histórico de Santos. Um detalhe interessante é que, em alguns pontos do passeio, o turista pode descer, visitar o local apontado - como o panteão dos Andradas ou o Palácio da Sabesp ou a antiga estação de trem da cidade, que conta com um delicioso restaurante-escola - e subir no próximo bonde que passar pelo local.

 




Destaque importante também para o programa Vovô Sabe Tudo, que agrega à atração 56 idosos que efetivamente trabalharam na linha regular de bondes da cidade e que atuam como contadores de histórias e monitores turísticos, recebendo salário da Prefeitura pelo serviço. Para o turista, é uma oportunidade de ouvir deliciosas histórias de um tempo que não volta mais. Para os idosos, trata-se de uma brilhante idéia de inclusão social da terceira idade - sem apelar para o assistencialismo - que rendeu ao município um certificado de premiação, expedido pelo Ministério da Cultura, relativo ao concurso Inclusão Cultural da Pessoa Idosa, realizado em 2007. 

Foto com uma figura muito marcante da paisagem santista: o Vovô Sabe Tudo!
No geral, é um passeio simplesmente delicioso, capaz de agradar aos adultos, divertir as crianças e trazer deliciosas lembranças ao vovô e à vovó.


Funciona de terça a domingo, das 11h às 17h. Partida da Praça Mauá, no Centro Histórico . 
A passagem custa R$ 6,00 com gratuidade para: menores de 5 anos; guias de turismo, desde que estejam a trabalho acompanhando grupos; viagens agendadas por grupos de entidades filantrópicas e de escolas públicas do ensino fundamental de Santos; grupos de centros de convivência da Seas (Secretaria de Assistência Social de Santos) e grupos de treinamento e reciclagem profissional promovidos pela Setur (Secretaria de Turismo de Santos). Maiores de 60 anos, estudantes (com documento de identificação escolar) e grupos de entidades assistenciais (devidamente certificadas) têm 50% de desconto na tarifa.

Agendamento para grupos pelo Tel. (13) 3201-8000